Governo do Pará fortalece sua posição pioneira na Amazônia e apresenta o sucesso do PlanBio em evento preparatório para a conferência climática.
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (SEMAS), inaugurou o “Movimento Nova Economia – Edição Amazônia COP30: Biofuturos”, nesta semana, no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, em Belém. O evento estratégico, que ocorre na capital paraense, sublinha o compromisso do estado com a vanguarda das políticas de bioeconomia e inovação sustentável, com a secretária adjunta Camille Bemerguy detalhando as iniciativas estaduais e o êxito do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), um marco na preparação para a COP30.
Contexto
A abertura do “Movimento Nova Economia – Edição Amazônia COP30: Biofuturos” em Belém representa um passo crucial para o Pará na consolidação de sua liderança em desenvolvimento sustentável na região amazônica. O evento, promovido pelo Governo do Pará em parceria com a SEMAS, serve como um fórum vital para discutir e apresentar as políticas estaduais de bioeconomia que buscam conciliar o progresso econômico com a preservação ambiental.
Desde o anúncio de Belém como sede da COP30 em 2025, o estado tem intensificado seus esforços para demonstrar ao mundo um modelo de desenvolvimento que valoriza a floresta em pé. Este movimento, focado em biofuturos, alinha-se perfeitamente com a visão de uma Amazônia próspera e sustentável, capaz de gerar riqueza a partir de seus recursos naturais de forma inovadora e inclusiva, com o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia sendo um símbolo dessa visão.
A iniciativa reúne atores-chave da academia, governo, setor privado e comunidades tradicionais, criando um ambiente propício para a troca de conhecimentos e a formação de parcerias estratégicas. A abordagem do Pará na bioeconomia é vista como um modelo replicável para outras regiões da Amazônia, com o objetivo de impulsionar a inovação e o empreendedorismo verde.
A Estrutura e os Pilares da Bioeconomia Paraense
O foco das discussões reside na arquitetura de um ecossistema robusto de bioeconomia, impulsionado pelo PlanBio. Este plano estadual é uma ferramenta multifacetada que visa atrair investimentos, fomentar a pesquisa e o desenvolvimento, e capacitar a população local para atuar em cadeias produtivas sustentáveis.
As políticas apresentadas pela SEMAS durante o movimento abordam desde a valorização do conhecimento tradicional das comunidades amazônicas até a aplicação de alta tecnologia para o processamento de produtos da sociobiodiversidade, criando um ciclo virtuoso de inovação e desenvolvimento econômico que respeita os limites ecológicos da floresta.
Impactos da Decisão
Os resultados preliminares do PlanBio, conforme detalhado pela secretária adjunta Camille Bemerguy na abertura do evento, são notáveis e demonstram o potencial transformador das políticas estaduais de bioeconomia. O plano já conseguiu atrair R$ 600 milhões em investimentos, um indicativo claro do crescente interesse do mercado em soluções sustentáveis e nos recursos da Amazônia.
Além dos expressivos investimentos financeiros, o PlanBio beneficiou diretamente mais de 2.300 negócios em diversas cadeias produtivas. Isso significa um impacto direto na geração de emprego e renda para milhares de famílias, muitas delas em comunidades tradicionais, que encontram na bioeconomia uma alternativa econômica que valoriza seus conhecimentos e o manejo sustentável da floresta.
A consolidação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia como o maior polo do segmento na América Latina é um pilar fundamental desses impactos. Ele não apenas simboliza a ambição do Pará, mas também atua como um laboratório vivo, unindo proteção florestal, inovação e desenvolvimento econômico sustentável, atraindo pesquisadores, empreendedores e investidores.
A Força da Inovação e o Papel do Parque
O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia é mais do que um espaço físico; é um ecossistema de fomento à pesquisa, ao desenvolvimento de produtos e processos bioeconômicos, e à formação de capital humano qualificado. Ele se posiciona como um hub estratégico para a atração de empresas e startups que buscam desenvolver soluções inovadoras a partir da biodiversidade amazônica.
A integração entre a academia, o setor produtivo e o governo dentro do Parque acelera a transição para uma economia de baixo carbono, onde a conservação da floresta e a geração de valor andam de mãos dadas, preparando o estado para ser um protagonista nas discussões da COP30 e além, apresentando um modelo prático de biofuturos.
Próximos Passos
O “Movimento Nova Economia – Edição Amazônia COP30: Biofuturos” em Belém é um marco, mas também um catalisador para uma série de ações futuras. A expectativa é que as discussões e parcerias firmadas durante o evento resultem em novos projetos e investimentos que reforcem ainda mais a bioeconomia paraense e sua projeção internacional.
O Governo do Pará, através da SEMAS, continuará a refinar e expandir as políticas estaduais de bioeconomia, com o objetivo de ampliar o alcance do PlanBio e atrair um volume ainda maior de capital verde. A experiência e os resultados obtidos servirão como base para a apresentação de propostas concretas e ambiciosas na COP30, em 2025.
A preparação para a conferência climática global será intensificada, com o Pará se posicionando não apenas como anfitrião, mas como um modelo de práticas inovadoras em bioeconomia e desenvolvimento sustentável. O sucesso do estado em transformar sua vasta biodiversidade em oportunidades econômicas será um dos pilares de sua argumentação no cenário internacional.
O Legado da COP30 e a Visão de Futuro
O legado esperado da COP30 em Belém, com a forte participação do Pará nas discussões sobre bioeconomia, é o estabelecimento de um novo paradigma global para o desenvolvimento sustentável em regiões de megabiodiversidade. O estado busca inspirar outros governos e nações a adotarem abordagens semelhantes que integrem conservação, inovação e inclusão social.
O professor Michel Pinho, que também participou do evento, conforme informações da Agência Pará, reforçou a importância de tais iniciativas para o futuro da Amazônia. A continuidade dos investimentos em pesquisa e tecnologia, bem como o fortalecimento das comunidades locais, serão essenciais para garantir que o Pará mantenha sua posição de liderança e que a visão de biofuturos se torne uma realidade duradoura para a região.
Fonte:
Agência Pará – Pará reforça pioneirismo na abertura do Movimento Nova Economia durante a COP30. Agência Pará

