Edição realizada na Tailândia foi marcada por controvérsia com coordenador e celebração da resiliência feminina da vencedora de 25 anos.
A mexicana Fátima Bosch, de 25 anos, foi coroada Miss Universo 2025 em uma emocionante cerimônia realizada em Bangkok, na Tailândia, no último dia 20 de novembro. A vitória da jovem representa o quarto título para o México e se destacou não apenas pela sua beleza, mas pela sua notável resiliência ao superar insultos públicos do coordenador do concurso, Nawat Itsaragrisil, e por um inspirador discurso que reverberou os temas de empoderamento feminino e inclusão.
Contexto
A 69ª edição do Miss Universo, um dos mais prestigiados concursos de beleza do planeta, foi palco de uma emocionante e significativa disputa em Bangkok, na Tailândia. O evento, que ao longo dos anos tem buscado se reinventar e ir além da mera celebração da beleza física, reuniu um recorde de 121 candidatas de diversas nações, todas buscando representar seus países e suas causas. A jornada de cada participante culminou na grandiosa final televisionada no último dia 20 de novembro, com vasta cobertura global, incluindo a transmissão para o Brasil através da RecordPlus e do portal R7, sob a condução e comentários de Michelle Barros, Natália Guimarães e Cris Barth.
Para a eventual vencedora, a mexicana Fátima Bosch, de 25 anos, o caminho até a coroa foi duplamente desafiador. Antes mesmo de alcançar a fase final, Bosch foi submetida a uma série de comentários depreciativos e insultos por parte de Nawat Itsaragrisil, o coordenador do Miss Universo Tailândia. As declarações de Itsaragrisil, que atacavam a imagem e a personalidade da candidata mexicana, rapidamente se espalharam e provocaram uma onda de indignação, colocando em xeque os valores de respeito e inclusão que o concurso tenta promover.
A controvérsia escalou a ponto de exigir uma intervenção direta da liderança do concurso. Raúl Rocha, o Presidente do Miss Universo, agiu prontamente, emitindo um comunicado oficial que veementemente repudiava as agressões sofridas por Fátima Bosch. A postura firme da organização culminou no pedido de desculpas público de Nawat Itsaragrisil, um momento que muitos viram como um teste da resiliência da candidata e da capacidade da organização de zelar pelo bem-estar de suas participantes. Este episódio, em vez de abalar Fátima, a impulsionou, transformando sua participação em um poderoso testemunho de superação e foco na mensagem de empoderamento feminino, que se tornaria a tônica de sua vitória.
Impactos da Decisão
A coroação de Fátima Bosch não é apenas a adição de mais uma rainha à linhagem do Miss Universo; ela simboliza um marco na evolução do concurso e na percepção global sobre o papel da mulher. Sua vitória é um forte endosso à narrativa de que a beleza transcende o aspecto físico, englobando a inteligência, a força de caráter e a capacidade de inspirar. O discurso de Fátima, que enfatizou a necessidade de as mulheres se apoiarem mutuamente e superarem adversidades, ressoou profundamente, especialmente em um cenário onde questões de assédio e discriminação ainda são pautas urgentes. A frase ‘uma mulher empoderada é uma mulher que inspira outras’, proferida pela mexicana, rapidamente se tornou um mantra para muitas, reforçando a relevância do certame como plataforma para vozes femininas potentes.
Para o México, a conquista de Fátima Bosch representa o quarto título de Miss Universo para o país, cimentando sua posição entre as nações mais bem-sucedidas na história do concurso. Esta vitória não apenas acende um sentimento de orgulho nacional, mas também serve como um poderoso símbolo de resiliência cultural e força feminina, especialmente em uma região como a América Latina, onde o concurso goza de imensa popularidade. A celebração da diversidade e da capacidade de superação de Fátima impulsiona o engajamento do público latino-americano com o evento, que vê na nova miss uma representante autêntica e inspiradora.
No âmbito setorial, a decisão de coroar Fátima Bosch após a controvérsia com o coordenador tailandês envia uma mensagem clara à indústria de concursos de beleza: a conduta ética e o respeito às candidatas são inegociáveis. Isso pode catalisar uma reavaliação dos padrões de comportamento e da formação de equipes em futuras edições de concursos similares, garantindo um ambiente mais seguro e acolhedor para as participantes. Além disso, a presença brasileira no Top 12, com Maria Gabriela Lacerda, que agradeceu o apoio dos fãs em suas redes sociais, reforça a competitividade do Brasil e o interesse contínuo do público nacional, mostrando que, mesmo sem a coroa, a participação é valorizada e observada. A edição de 2025, que começou com 121 candidatas e afunilou para um Top 30, depois Top 12, e finalmente Top 5 (com a colombiana Camila Avella e a filipina Michelle Dee) e Top 3 (com a tailandesa Anntonia Porsild e a australiana Moriah Wilson), demonstrou um alto nível de competição e uma premiação que valorizou a narrativa de superação.
Próximos Passos
A partir de sua coroação, Fátima Bosch embarca em um ano transformador como a embaixadora global do Miss Universo. Sua agenda será repleta de viagens internacionais, participações em eventos beneficentes e campanhas de conscientização, com foco especial nas causas que defendeu durante o concurso. A expectativa é que ela utilize sua voz e sua plataforma para impulsionar debates sobre igualdade de gênero, educação para mulheres e meninas, e o combate a todas as formas de assédio e discriminação, tornando-se um farol para a próxima geração de líderes femininas. A organização do Miss Universo, por sua vez, deverá investir na amplificação da mensagem de Fátima, consolidando a imagem do concurso como um agente de mudança social.
Olhando para o futuro próximo, a organização do Miss Universo já fez um importante anúncio: a edição de 2026 do concurso será sediada em Porto Rico. Esta escolha estratégica não apenas celebra a vibrante cultura caribenha, mas também reafirma o compromisso do concurso com o público latino-americano, que historicamente demonstra grande paixão e engajamento com o evento. A preparação para o Miss Universo 2026 em Porto Rico promete gerar um novo ciclo de entusiasmo, com a expectativa de que o próximo certame continue a abraçar e promover os valores de inclusão e representatividade, que foram tão evidentes na vitória de Fátima Bosch.
Este resultado, impulsionado pela narrativa de resiliência e empoderamento de Fátima, estabelece um novo padrão para o que se espera de uma Miss Universo. Os próximos anos verão, provavelmente, uma contínua evolução na forma como o concurso seleciona e valoriza suas candidatas, priorizando aquelas que possuem não apenas a beleza exterior, mas também uma voz forte, uma história de vida inspiradora e um compromisso genuíno com causas sociais. O incidente com Nawat Itsaragrisil e a resposta firme da organização, seguida pela vitória de uma candidata que personifica a superação, servem como um importante precedente, indicando que a integridade e o respeito serão cada vez mais elementos centrais na gestão e condução do Miss Universo.
Fonte:
UOL – Miss Universo 2025. UOL

