Governo do Pará demonstra protagonismo na construção de uma nova economia sustentável para a Amazônia, com destaque para o Plano Estadual de Bioeconomia e o Parque de Inovação, em evento preparatório para a COP30.
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (SEMAS) e com a representação da secretária adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy, destacou recentemente seu papel de liderança na promoção de uma bioeconomia sustentável para a região amazônica. Durante o “Movimento Nova Economia – Edição Amazônia COP30: Biofuturos“, realizado em Belém, o estado apresentou políticas inovadoras e resultados expressivos do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio) e do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, consolidando sua posição como referência nacional e internacional. O objetivo é articular a proteção florestal com novas oportunidades econômicas, visando o desenvolvimento de uma “nova economia” que será pauta central na COP30.
Contexto
A Amazônia, um bioma de riqueza incalculável, enfrenta o desafio de conciliar a conservação ambiental com o desenvolvimento socioeconômico de suas populações. Nesse cenário, a bioeconomia emerge como um caminho promissor, valorizando a biodiversidade e os conhecimentos tradicionais para gerar valor de forma sustentável. A iminente realização da COP30 em Belém, Pará, em 2025, amplifica a urgência e a visibilidade das iniciativas locais.
É nesse contexto que o Movimento Nova Economia – Edição Amazônia COP30: Biofuturos se insere, servindo como uma plataforma crucial para debater e apresentar soluções inovadoras. O evento reuniu um seleto grupo de especialistas e formuladores de políticas, reafirmando o compromisso do Pará com a agenda ambiental e econômica. A participação ativa do governo paraense, através da SEMAS, sublinhou a seriedade com que o estado encara a transição para modelos de desenvolvimento que respeitem os limites do planeta.
O painel, que contou com a presença de figuras proeminentes como o Professor Michel Pinho, presidente da Rede Brasil de Bioeconomia, Paulo Dallari, diretor da Natura, Patrícia Daros, gerente do Fundo Vale, e Marcos Da Ré, superintendente da Fundação CERTI, enfatizou a colaboração entre academia, setor privado e governo para impulsionar a bioeconomia. A troca de experiências e a apresentação de casos de sucesso reforçaram a viabilidade e a urgência de investir em um futuro baseado na sustentabilidade. A secretária adjunta de Bioeconomia da Semas, Camille Bemerguy, foi a voz principal na explanação das ações governamentais.
Impactos da Decisão
As políticas de bioeconomia implementadas pelo Governo do Pará já demonstram resultados substanciais, refletindo um modelo de gestão que integra a proteção da floresta com a geração de renda e bem-estar social. O carro-chefe dessas iniciativas é o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), uma estratégia abrangente que articula diversas ações para fomentar um novo paradigma econômico na região.
De acordo com os dados apresentados pela SEMAS no evento, o PlanBio já engloba 122 ações estratégicas, que beneficiaram diretamente 2.300 negócios e impactaram a vida de 404 mil pessoas em todo o estado. O volume de recursos investidos nessas iniciativas atinge a marca impressionante de R$ 600 milhões, evidenciando o comprometimento financeiro e a escala das operações paraenses. Estes números consolidam o Pará como um laboratório vivo de desenvolvimento sustentável.
Um dos pilares fundamentais dessa estratégia é o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, descrito como o maior polo do segmento na América Latina. Este empreendimento não é apenas um centro de pesquisa e desenvolvimento, mas um ecossistema inovador. Sua singularidade reside no fato de ser o único parque tecnológico do mundo a utilizar o potencial da floresta para atender comunidades tradicionais e startups, promovendo a integração entre o conhecimento ancestral e a tecnologia de ponta.
A secretária adjunta Camille Bemerguy ressaltou a importância dessa abordagem integrada, afirmando que “a bioeconomia paraense é o pilar que conecta a proteção da nossa floresta com o desenvolvimento socioeconômico, garantindo um futuro próspero para todos”. Essa visão estratégica posiciona o estado na vanguarda das discussões globais sobre clima e sustentabilidade, com a COP30 servindo como palco para a demonstração de um modelo que, de fato, funciona.
Inovação e Inclusão Social
O foco na inovação, presente tanto no PlanBio quanto no Parque de Bioeconomia, busca não apenas criar novos produtos e serviços a partir dos recursos da floresta, mas também garantir que as comunidades locais sejam protagonistas nesse processo. A inclusão de povos tradicionais no desenvolvimento de startups e negócios sustentáveis é um diferencial, assegurando que os benefícios da bioeconomia sejam distribuídos de forma equitativa. A valorização do conhecimento tradicional, aliada à pesquisa científica, gera um ciclo virtuoso de inovação.
Atração de Investimentos e Parcerias
A apresentação desses resultados e a robustez das políticas estaduais têm um impacto direto na atração de investimentos. Empresas e fundos com foco em sustentabilidade observam o Pará como um parceiro estratégico, dado o ambiente favorável para negócios de impacto e a clareza das diretrizes governamentais. A presença de representantes de grandes corporações como a Natura e do Fundo Vale no evento reforça o interesse do setor privado em colaborar com as iniciativas paraenses, vislumbrando um futuro de cooperação e crescimento conjunto na região amazônica.
Próximos Passos
Com a COP30 se aproximando, a liderança do Pará em bioeconomia ganhará ainda mais destaque no cenário internacional. Os resultados do PlanBio e o modelo do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia servirão como exemplos práticos de como é possível aliar conservação com desenvolvimento, oferecendo um roteiro para outras regiões que enfrentam desafios semelhantes. A conferência em Belém será uma oportunidade ímpar para o estado solidificar parcerias e atrair novos investimentos.
Os desdobramentos esperados incluem a expansão das ações do PlanBio, com a inclusão de mais comunidades e negócios, bem como o aprimoramento das pesquisas e tecnologias desenvolvidas no Parque de Bioeconomia. A expectativa é que o modelo paraense inspire a criação de políticas públicas em outras unidades da federação e países, demonstrando a viabilidade de uma economia verde baseada na valorização da biodiversidade.
A agenda futura do Governo do Pará para a bioeconomia prevê aprofundar as discussões e engajar ainda mais setores da sociedade na construção desse novo futuro. A articulação contínua com a academia, o setor privado, as ONGs e as comunidades tradicionais será fundamental para garantir que as políticas sejam inclusivas e eficazes. O estado se posiciona como um catalisador de mudanças, buscando não apenas sediar a COP30, mas também apresentar soluções concretas para os desafios climáticos globais.
O Legado da COP30 para a Amazônia
A realização da COP30 em Belém representa uma janela de oportunidades sem precedentes para a Amazônia. Além de colocar a região no centro das discussões climáticas mundiais, o evento deverá catalisar investimentos em infraestrutura sustentável, tecnologia e capacitação local. As iniciativas do Pará em bioeconomia, já bem estabelecidas, podem servir como um legado duradouro da conferência, mostrando ao mundo que é possível proteger a floresta e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento econômico e social de suas populações, redefinindo o conceito de progresso para a Amazônia e para o Brasil.
Fonte:
Agência Pará – Pará reforça pioneirismo na abertura do Movimento Nova Economia durante a COP30. Agência Pará

