Governo do Pará destaca conquistas do PlanBio e aposta em mega polo de bioeconomia, beneficiando 400 mil pessoas e consolidando a região como referência para o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
O Governo do Pará, por intermédio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (SEMAS), assumiu uma posição de destaque na abertura do “Movimento Nova Economia – Edição Amazônia COP30: Biofuturos”. O evento, realizado em Belém, serviu como palco para a apresentação das políticas inovadoras de bioeconomia do estado, com foco nos resultados expressivos do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio) e na ambição de transformar o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia no maior polo do segmento em toda a América Latina.
Contexto
O “Movimento Nova Economia – Edição Amazônia COP30: Biofuturos” emergiu como um fórum crucial para discutir o futuro econômico da região amazônica, especialmente à luz da iminente COP30, que será sediada em Belém. A capital paraense torna-se, assim, o epicentro de debates sobre modelos de desenvolvimento que harmonizem crescimento econômico com a preservação ambiental e a inclusão social.
A representação do estado foi encabeçada pela secretária adjunta de Bioeconomia da SEMAS, Camille Bemerguy, que detalhou a estratégia paraense. Sua participação sublinhou o compromisso do Governo do Pará em liderar uma transição para uma economia mais verde, valorizando a vasta biodiversidade local e o conhecimento tradicional dos povos da floresta.
A iniciativa do estado é vista como um catalisador para a inovação e o investimento em cadeias produtivas sustentáveis. O foco está em demonstrar que é possível gerar riqueza e bem-estar social a partir dos recursos naturais, sem comprometer a integridade ecológica da Amazônia, um bioma vital para o equilíbrio climático global.
Atores Chave e Estratégias Estaduais
Além da presença oficial do Governo do Pará, o evento contou com a participação de importantes atores do setor privado, como a Natura e o Fundo Vale, indicando o crescente interesse de grandes corporações e fundos de investimento em projetos de bioeconomia na região. Essas parcerias são consideradas fundamentais para alavancar os esforços estaduais.
A estratégia paraense é ancorada no Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), uma política pública robusta que tem por objetivo fomentar a pesquisa, o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias que utilizem os recursos biológicos de forma sustentável. O PlanBio busca criar um ambiente propício para a inovação, atraindo talentos e investimentos para o estado.
O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia é o grande empreendimento físico que materializa essa visão. Projetado para ser um polo de excelência, ele reunirá laboratórios, empresas, startups e centros de pesquisa, promovendo a sinergia entre academia, governo e setor privado para desenvolver soluções inovadoras baseadas na biodiversidade amazônica.
Impactos da Decisão
Os resultados apresentados pela secretária Camille Bemerguy são um testemunho do sucesso inicial do PlanBio. Com um impacto financeiro de R$ 600 milhões, a política estadual já demonstra sua capacidade de gerar valor e movimentar a economia local. Esse montante representa um avanço significativo na construção de uma nova matriz econômica para o Pará.
Mais do que números econômicos, o PlanBio tem um profundo impacto social, alcançando diretamente mais de 400 mil pessoas beneficiadas. Essas pessoas, frequentemente membros de comunidades tradicionais, povos indígenas e extrativistas, encontram na bioeconomia uma alternativa sustentável para gerar renda, valorizando seus conhecimentos e práticas ancestrais.
A projeção de que o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia se tornará o maior polo do segmento na América Latina é um marco ambicioso, mas que reflete o potencial imenso do estado. Essa liderança posicionará Belém e o Pará como referências globais em inovação para o desenvolvimento sustentável, atraindo atenção internacional e novos investimentos.
Transformação Econômica e Social
O Professor Michel Pinho, um dos especialistas convidados para o evento, destacou a importância de um modelo que integre a produção sustentável com a conservação. “A bioeconomia paraense é um exemplo prático de como a floresta em pé pode valer mais do que desmatada, gerando empregos e riqueza para as comunidades locais”, afirmou Pinho, ressaltando o valor intrínseco e extrínseco da biodiversidade.
A atração de empresas como a Natura e o Fundo Vale evidencia a confiança do mercado no potencial da bioeconomia paraense. Essas parcerias não apenas injetam capital, mas também trazem expertise e acesso a novos mercados, fortalecendo as cadeias produtivas locais e fomentando a inovação em produtos e processos.
Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, aliados à capacitação de mão de obra local, são pilares para a consolidação desse novo modelo. O Governo do Pará entende que a sustentabilidade vai além da conservação, englobando a criação de oportunidades e a melhoria da qualidade de vida para as populações que vivem na Amazônia.
Próximos Passos
A liderança do Governo do Pará na bioeconomia é um passo estratégico fundamental na preparação para a COP30. Ao apresentar resultados concretos e um plano robusto, o estado busca influenciar a agenda global, mostrando que um futuro de desenvolvimento sustentável e justo para a Amazônia não é apenas possível, mas já está em construção.
Os próximos anos verão a expansão e a consolidação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia. A expectativa é que o polo atraia um número crescente de empresas, pesquisadores e investidores, transformando a região em um verdadeiro centro de inovação para a biotecnologia, a cosmética natural, os fármacos e outros setores de alto valor agregado baseados em recursos biológicos.
O Pará está comprometido em ser um modelo de como a Amazônia pode prosperar economicamente sem sacrificar sua riqueza natural. A agenda do estado inclui a ampliação dos programas de capacitação, o estímulo ao empreendedorismo local e a busca por novas parcerias que fortaleçam ainda mais o ecossistema da bioeconomia.
Visão de Futuro e Desafios
A COP30 em Belém será uma oportunidade ímpar para o Pará apresentar ao mundo sua visão e seus progressos. O estado pretende demonstrar que a bioeconomia é uma solução viável e escalável para os desafios do desenvolvimento na região, oferecendo um contraponto aos modelos extrativistas predatórios.
Entretanto, os desafios persistem, como a necessidade de infraestrutura adequada, a garantia de segurança jurídica para investimentos e a proteção efetiva dos direitos das comunidades tradicionais. O Governo do Pará reconhece essas complexidades e trabalha em conjunto com diversos setores para superá-las, visando um crescimento equitativo e inclusivo.
A contínua colaboração entre esferas governamentais, setor privado, academia e sociedade civil será crucial para o sucesso a longo prazo das iniciativas. O caminho pavimentado pelo PlanBio e pelo Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia sinaliza uma era de esperança e inovação para a Amazônia, redefinindo seu papel no cenário global.
Fonte:
Agência Pará – Pará reforça pioneirismo na abertura do Movimento Nova Economia durante a COP30. Agência Pará

