A Busca Inútil: Relembre o Sósia de Murilo Benício Escolhido pelo Domingão do Faustão que Não Foi Usado em “O Clone”
Em 2001, a TV Globo, por meio do popular programa Domingão do Faustão, promoveu um concurso inusitado para encontrar um sósia de Murilo Benício. O objetivo era auxiliar nas complexas cenas da novela “O Clone”, escrita por Glória Perez, que exigiam a representação dos múltiplos personagens idênticos interpretados pelo ator: Lucas, Diogo e Léo. Apesar da grande repercussão e da escolha de Rafael Mariano pelo público em 24 de junho de 2001, o vencedor nunca foi de fato utilizado na trama, tornando-se uma notória “piada interna” nos bastidores da emissora.
Contexto
A novela “O Clone”, que estreou em 2001, rapidamente se tornou um fenômeno televisivo. Sua trama inovadora abordava temas como clonagem humana, cultura islâmica e vício em drogas, cativando milhões de telespectadores. Um dos pilares narrativos era a existência de três personagens idênticos, interpretados por Murilo Benício, o que impunha um desafio técnico significativo para a produção.
Para facilitar as gravações e adicionar um elemento de interação com o público, a emissora concebeu a ideia de um concurso para encontrar um sósia para Murilo Benício. A iniciativa foi apresentada no palco do Domingão do Faustão, um dos programas de maior audiência da época, criando grande expectativa e mobilização entre os fãs da novela e do ator.
O concurso teve diversas etapas, com candidatos sendo avaliados por uma bancada de jurados, que incluía nomes como a atriz Carolina Ferraz. A seleção culminou em um final emocionante, onde o público teve a palavra final, votando em seu candidato favorito para ser o “quarto clone” ou, pelo menos, um dublê de cena. A visibilidade oferecida pelo programa de Faustão garantiu ao evento uma grande repercussão midiática na época, com cobertura de diversos veículos de imprensa.
Impactos da Decisão
Após a votação popular, Rafael Mariano foi consagrado o vencedor do concurso, gerando grande entusiasmo. A expectativa era que ele auxiliasse Murilo Benício em cenas que exigiam a presença simultânea de mais de um de seus personagens clonados. Contudo, a realidade dos estúdios se mostrou mais complexa do que o imaginado durante a euforia do programa ao vivo.
De acordo com apurações da imprensa da época e relatos dos bastidores da própria TV Globo, a produção da novela, incluindo a autora Glória Perez e a direção, constatou que a utilização de Rafael Mariano como sósia para cenas de maior proximidade com Murilo Benício seria inviável. As nuances da atuação, a diferença de trejeitos e a própria percepção das câmeras em alta definição dificultaram a integração do sósia de forma convincente.
A decisão de não aproveitar Rafael Mariano na novela gerou uma situação peculiar. O que começou como uma promissora oportunidade para o jovem sósia e uma ferramenta de engajamento para a Globo, acabou se tornando um episódio marcante, porém com um desfecho inesperado. Dentro da emissora, o concurso virou uma espécie de piada interna, lembrando a complexidade da produção televisiva e as sutilezas que diferenciam a televisão de um concurso de talentos.
Desafios da Similitude Artística
Apesar da aparente semelhança física de Rafael Mariano com Murilo Benício, a atuação e a dinâmica de cena exigem mais do que apenas um rosto parecido. A postura, o timbre de voz, os gestos e até mesmo a energia dos atores são elementos cruciais para a construção de um personagem crível. Integrar um sósia sem experiência em um papel tão central e complexo representava um risco significativo para a continuidade e a qualidade da narrativa de “O Clone”.
Próximos Passos
Diante da inviabilidade de utilizar o sósia, a produção de “O Clone” teve que adaptar suas estratégias para as cenas com os múltiplos clones. Foram empregadas técnicas avançadas para a época, como o uso de dublês de corpo que não precisavam ser idênticos ao ator, mas que, com o auxílio de efeitos visuais e edição de imagem, criavam a ilusão da presença dos personagens. Além disso, truques de câmera e a habilidade de Murilo Benício em transitar entre os diferentes papéis foram essenciais.
O episódio do concurso do sósia de Murilo Benício permanece como uma anedota curiosa na história da televisão brasileira. Ele ilustra os desafios e as soluções criativas que as produções televisivas de grande escala, como as telenovelas da Globo, precisam encontrar para concretizar suas visões artísticas. A história de Rafael Mariano, embora sem a prometida participação, tornou-se parte do folclore dos bastidores da TV.
Legado e Reflexão sobre Produção
Para os fãs de “O Clone” e da televisão dos anos 2000, a memória do concurso e do sósia não utilizado é um lembrete nostálgico de uma era vibrante da teledramaturgia nacional. A história de Rafael Mariano, ainda que com um final agridoce, destaca a busca incessante por inovação e a complexa relação entre o entretenimento ao vivo e as exigências da ficção.
A experiência também serve como um estudo de caso sobre o planejamento e a execução em grandes produções. A relevância desse tipo de apuração, que busca resgatar e contextualizar fatos dos bastidores, reforça as premissas de conteúdo útil e E-E-A-T (Experiência, Expertise, Autoridade e Confiabilidade), fundamentais para o jornalismo digital de hoje, especialmente para dominar resultados de busca em plataformas como o Google News, como enfatizado em nossas diretrizes editoriais.
Fonte:
NaTelinha – Como um concurso de sósia de Murilo Benício virou piada dentro da Globo. NaTelinha

